Para entender e se preparar para a Indústria 4.0

É o que propõe o 4º Congresso do Centro Celso Furtado, 9 e 10 de agosto, no Rio de Janeiro, e que vai reunir cabeças pensantes em economia, sociedade e geopolítica

Da página do Centro Celso Furtado | Do Rio de Janeiro

O Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, preocupado com o futuro da indústria brasileira, promoverá seu 4º Congresso nos dias 9 e 10 de agosto. A temática do evento problematizará a Quarta Revolução Industrial  (Indústria 4.0) e seus impactos sobre a estrutura produtiva nacional.

O 4º Congresso do Centro Celso Furtado reunirá especialistas para discutir o futuro do Brasil diante da nova revolução industrial. As inscrições, gratuita, estão abertas, pelo site www.centrocelsofurtado.org.br.

O que é a Indústria 4.0? Quais as principais ações que países desenvolvidos e em desenvolvimento vem adotando para o seu ingresso de forma dinâmica nessa nova onda? A Indústria 4.0 é uma janela de oportunidade para o Brasil dar um salto em sua trajetória de desenvolvimento? Ou, a quarta revolução industrial poderá aumentar a distância do parque produtivo nacional em relação à fronteira tecnológica internacional?

Essas são algumas questões que serão debatidas.

HISTÓRICO

Sabe-se que o sistema capitalista nasceu e consolidou-se a partir da Revolução Industrial Inglesa, no final do século XVIII (Indústria 1.0). Um século depois, uma nova onda de inovações radicais, como a energia elétrica, o motor a combustão e a petroquímica provocaram nova transformação nas estruturas produtivas dos países avançados, consolidando o paradigma de produção em massa denominado de fordismo (Indústria 2.0).

A partir da década de 1970, presenciamos mais uma vez o nascimento e difusão de uma nova onda de tecnologias disruptivas, com impactos na economia e instituições de países desenvolvidos e em desenvolvimento (Indústria 3.0). A microeletrônica possibilitou automatizar a produção industrial e elevar de modo significativo a produtividade, e as tecnologias da informação e comunicações alteraram a divisão internacional do trabalho e a geografia econômica mundial, com a ascensão industrial dos países asiáticos.

Atualmente, governos, pesquisadores e a mídia especializada das principais potências econômicas mundiais asseguram que a Quarta Revolução Industrial possibilitará um novo salto de produtividade no sistema capitalista, com impactos profundos no mundo do trabalho e nas atividades manufatureiras de economias periféricas, em razão das possibilidades de reindustrialização dos países avançados. Além de levar a automação para os limites do sistema industrial, a nova revolução promete autonomizar a produção manufatureira.

O Brasil conseguiu internalizar as principais indústrias e instituições de sua época durante seu processo de industrialização no século XX. A partir do modelo de substituição de importações, diversos governos instituíram políticas desenvolvimentistas. Todavia, no final do século XX, um profundo processo de desindustrialização e reprimarização produtiva impediu a economia brasileira de ingressar na onda da Indústria 3.0.

PROGRAMAÇÃO | 4º Congresso do Centro Celso Furtado 2018
Local: Auditório – Clube de Engenharia – Rio de Janeiro
(Av. Rio Branco, 124, 25º andar, Centro)
      
DIA 9 DE AGOSTO

9h30-10h
Abertura
Roberto Saturnino Braga – Diretor-presidente do Centro Celso Furtado
Samuel Pinheiro Guimarães – Presidente do Conselho Deliberativo do Centro Celso Furtado
Rosa Freire d’Aguiar – Membro do Conselho Deliberativo do Centro Celso Furtado
Pedro Celestino – Presidente do Clube de Engenharia
Marcelo Arend – Coordenador do 4º Congresso Internacional
      
10h-11h
Conferência de Abertura
Quarta revolução industrial e os desafios para o Brasil
Luciano Coutinho (Unicamp)
      
11h-13h
Painel 1
Os trabalhadores e a indústria 4.0
Palestras:
João Eduardo de Moraes Pinto Furtado (USP)
Artur Henrique Santos (Fundação Perseu Abramo)

13h-14h
Almoço
      
14h-16h
Painel 2
Diagnósticos dos problemas da indústria nacional
Palestras:
Antônio Correa de Lacerda (PUC/SP)
Marcelo Arend (UFSC)
Marcio Pochmann (IE/Unicamp / Fundação Perseu Abramo)
      
16h-16h15
Intervalo

16h15-18h15
Painel 3
Perspectivas de desenvolvimento industrial
Palestras:
Carmem Feijó (UFF)
Esther Dweck (IE/UFRJ)
José Eduardo Cassiolato (IE/UFRJ)
      
DIA 10 DE AGOSTO

10h-12h30
Painel 4
Vocações do Brasil e a questão industrial
Palestras:
André Furtado (DPCT/Unicamp)
Reinaldo Guimarães (NUBEA/UFRJ)
Paulo César Smith Metri (CREA-RJ/Clube de Engenharia)
Márcio Nobre Migon (BNDES)
      
12h30-14h
Almoço
      
14h-16h
Painel 5
Políticas de Inovação para a indústria 4.0
Palestras:
David Kupfer (IE/UFRJ)
Eduardo da Motta Albuquerque (CEDEPLAR/UFMG)
Jorge Saba Arbache Filho (UnB / Secretaria de Assuntos Internacionais – Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão)

16h15-17h15  
Conferência de Encerramento
As mudanças da geopolítica mundial e as estratégias brasileiras
Embaixador Celso Amorim
      
17h15
Exibição do filme
“Livre pensar — cinebiografia de Maria da Conceição Tavares”, de José Mariani

Imagem em destaque: cartaz do filme “Livre pensar”


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