Feia. Nome estranho, iniciativa bonita

É o Festival do Instituto de Artes da Unicamp, que até dia 13 promove uma série de atividades gratuitas, para todos os públicos, em Campinas.


Por Adriana Menezes, do Jornal da Unicamp | De Campinas (SP)

De 6 a 13 de outubro, ocorre a vigésima edição do Feia-Festival do Instituto de Artes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O “Feia vinte” está ocupando diversos espaços da cidade, como Estação Cultura, Praça do Coco e Maloca Arte e Cultura, além da própria universidade.

Criado em 2000, o Feia é organizado por estudantes do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, com a proposta de difundir produções artísticas diversificadas e promover democraticamente ações formativas (como oficinas) em artes.

Neste ano, o “Feia vinte” apresenta atividades nos três períodos – manhã, tarde e noite – durante os oito dias de programação, todas gratuitas e abertas ao público.

Serão ao todo 27 oficinas, 30 apresentações musicais, nove espetáculos de artes cênicas, cinco espetáculos de dança, três exposições de artes visuais e fotografia, cinco rodas de conversa com convidados, dois espetáculos interdisciplinares, uma feira de publicações independentes, uma mostra de curtas metragens, um sarau, e mais atividades diversificadas como desfile, construção coletiva de um painel, e programações noturnas.

Entre os destaques da programação deste ano está Ava Rocha, abrindo o festival com seu show Trança, o artista visual Denilson Baniwa em uma mesa de debate sobre arte indígena, a artista capixaba Castiel Vitorino ministrando uma oficina, e a cantora e compositora Maria Beraldo finalizando a semana na Estação Cultura com seu show Cavala.

O “Feia vinte” chega com a proposta de espaço de encruzilhada: onde diferentes trajetórias se cruzam num ponto de encontro comum.

Simbolicamente, a encruzilhada nunca é um fim mas um ponto de partida para um novo desconhecido. A organização autônoma do festival deseja se enxergar como parte de um ‘nós’ cada vez mais plural, reafirmando sua existência de maneira crítica, fortalecendo e reinventando o espaço da universidade pública que vem sofrendo com cortes de verba que ameaçam sua existência.

Nos últimos 20 anos, o festival se destaca por acolher as mais diversas formas de expressão artística e independente. Nesta vigésima edição, o Feia conta com interpretação simultânea em libras e audiodescrição em algumas apresentações devidamente marcadas na programação, e também com recursos táteis em algumas exposições de artes visuais.


Imagem em destaque: atividade da edição do Feia do ano anterior. Foto: Unicamp


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