Obras de ficção e documentários, e também uma programação infantil, compõem a mostra, que em função da pandemia terá exibições gratuitas pela plataforma Looke.
Da Secretaria de Cultura do Distrito Federal | De Brasília (DF)
A sétima edição do Brasília International Film Festival (BIFF), evento brasileiro dedicado ao trabalho de cineastas estreantes no Brasil e no mundo, vai celebrar os 60 anos de Brasília em formato inédito.
Pela primeira vez, os filmes inéditos (ficção e documentários) que tradicionalmente ocupam o Cine Brasília, e os títulos do BIFF Júnior, braço infantojuvenil do festival, programados para unidades do Sesc, serão exibidos em um ambiente virtual, por meio de uma plataforma de streaming, de 21 a 26 de abril.
A mudança nos planos foi de última hora em razão da pandemia de coronavírus (Covid-19), e o BIFF passa a acontecer na plataforma brasileira de distribuição digital Looke, que poderá ser acessada a partir de dispositivos eletrônicos diversos: smartphones computadores, e até projetores.
A produção aposta que o BIFF Júnior terá um papel relevante em oferecer distração de boa qualidade para toda a família em um momento de isolamento social.
“A Looke tornou-se nossa parceira e representa um apoio técnico colossal, capaz de suportar até 10 milhões de acesso por filme”, festeja a criadora e curadora do BIFF, Anna Karina de Carvalho.
Serão exibidas 27 obras.
A produtora do BIFF destaca nessa edição a preocupação especial com a seleção dos filmes para a mostra infantojuvenil no sentido de que tragam subsídios para discussões que possam ser feitas em família, em casa, em tempos de reclusão social em virtude da pandemia.
“Assuntos como bullying e aqueles ligados à orientação sexual poderão promover mais diálogo com um público que gasta muito tempo nas redes”, aposta Anna Karina. “O cinema se presta bem a isso. Você assiste aos filmes e pode abordar em seguida questões delicadas”, sugere.
Entre os destaques do BIFF Júnior estão o nacional “Alíce Júnior” (Gil Baroni com Anne Celestino) – justamente sobre uma jovem que produz conteúdos sobre sexualidade para a rede e sofre discriminação” –, e o italiano “Copperman” (Eros Puglielli).
HOMENAGEM
O BIFF elegeu homenagear nesta edição o ícone Kirk Douglas (1916-2020), falecido nos Estados Unidos com 103 anos no mês passado.
O crítico Mario Abadde vai comentar alguns dos sucessos estrelados pelo ator e selecionou cinco filmes que percorrem sua trajetória: “Assim estava Escrito” (The Bad and the Beautiful, 1952), de Vincente Minnelli; o clássico “Spartacus” (1960), de Stanley Kubric; “Sede de viver” (Lust for Life, 1956), de Minnelli e George Cukor; “Sua última façanha” (Lonely are the brave, 1962), de David Miller; e “A montanha dos sete abutres” (Ace in the hoje, 1951), obra-prima de Billy Wider sobre a manipulação dos fatos pelo jornalismo sensacionalista.
A curadora do BIFF, batizada com o nome profissional da atriz Hanna Karin Blarke Bayer (1940-2019), estrela do francês Jean-Luc Godard, vai prestar uma homenagem a uma das musas do Nouvelle Vague (estilo contestatório dos anos 1960 em linguagem e temática), exibindo o documentário de 2017 do viúvo da atriz, Dennis Berry, “Anna Karina, souvien-toi?” (Anna Karina, te lembras?, tradução livre).
O documentário, como os demais filmes do festival, terá legenda em português.
Imagem em destaque: cena de Blue Girl, documentário do Irã, em exibição no BIFF.
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