Estudo do IFRR feito com mulheres, atletas ou não, alerta para a importância de acompanhamento de profissional de Educação Física
Por Virginia Albuquerque, da Comunicação Social do IFRR | De Boa Vista (RR)
As corridas de rua são uma prática bastante comum entre os esportistas para manter a forma e adquirir, sobretudo, resistência.
Nos últimos anos, a modalidade ganhou muitos adeptos, mesmo entre os não atletas, e se popularizou pelo Brasil afora com a participação de centenas de pessoas nas corridas organizadas por diversas instituições.
[E, neste período de pandemia, como o treinamento é individual, sem aglomerações, tornou-se alternativa para muita gente se exercitar]
Mas se engana quem acredita que uma simples corrida de rua não apresenta riscos à saúde do praticante. É o que comprova um estudo recentemente publicado por professores do Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (IFRR).
Os autores são os professores Marcelo Calixto Mineiro, Marcello da Silva Soares e Emanuel Alves de Moura, além da acadêmica do curso de Licenciatura em Educação Física, Melissa Dandara de Oliveira Duarte.
Os quatro assinam o artigo “Possíveis riscos à saúde em corredoras de rua de Boa Vista”, publicado no periódico Brazilian Applied Science Review (BASR).
MULHERES
Realizado em 2019 em Boa Vista, devido ao grande número de praticantes de caminhada e corrida de rua, principalmente mulheres não atletas, o estudo visou responder se essas mulheres estavam sujeitas a riscos à saúde relacionados à composição corporal e ao perfil somatotípico, uma técnica de classificação corporal.
“Buscou-se identificar os possíveis riscos à saúde relacionados à composição corporal e ao perfil somatotípico de corredoras de rua não atletas de idade entre 18 e 30 anos em nossa cidade”, explica Soares.
Ele continua; “Um total de 20 voluntárias participaram da pesquisa, na qual se observou que a maioria das avaliadas possui o índice de massa corporal, o IMC, na faixa recomendável.”
RISCOS CARDIOVASCULARES
Por outro lado, observa, “levando-se em consideração a relação cintura-quadril, percebeu-se que a maioria das participantes possui risco moderado em relação a riscos cardiovasculares”.
Também se constatou a ausência de acompanhamento de um profissional de Educação Física em 65% das corredores.
O professor acrescenta que esse tipo de ação é de fundamental importância para o curso de Educação Física e para o IFRR, pois cumpre o papel institucional no que se refere ao ensino, à pesquisa e à extensão, visto que o público-alvo foi uma parcela da comunidade externa.
“Unimos os três eixos institucionais numa pesquisa extremamente relevante, diante da temática atual, e inserimos o aluno na busca de novas possibilidades, contribuindo para o aprimoramento do seu conhecimento.”
GRUPO
Os autores fazem parte do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física (Gepef) do Campus Boa Vista do IFRR.
Para ler o artigo na íntegra, acesse aqui.
Imagem em destaque: registro da 20ª Volta da Pampulha (Belo Horizonte, 2018). Por Elderth Theza/Fotos Públicas
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