Prepare-se para enfrentar o final do ano sem maiores problemas com as finanças. Inflação em alta está castigando os mais pobres
Da Assessoria de Comunicação do Ipea | De Brasília (DF)
A mais recente Nota de Conjuntura sobre inflação divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue trajetória de alta.
Parte desse impulso veio da aceleração do preço dos alimentos, principalmente. Mas de outros itens também.
A ampliação do consumo combinada com os efeitos remanescentes da desvalorização do câmbio e com a alta recente dos preços internacionais de commodities, elevou a inflação prevista para 2020 de 2,3% (na previsão feita em setembro pela Carta de Conjuntura) para 3,5%.
A alta projetada para os preços dos alimentos em 2020 passou de 11% para 16,2%, o que deve fazer com que esse grupo seja responsável por 60% da variação do IPCA no ano.
Clique na imagem para conferir a inflação dos principais itens no grupo “alimentos”
As projeções também apontam para uma aceleração da inflação para os bens de consumo, de 1% para 2,5%.
Os serviços tiveram alta nas projeções, de 0,7% para 1,5%, com exceção dos serviços de educação, estáveis em 1,2%.
Já as estimativas para os preços administrados apresentaram melhora: a inflação desse segmento deve encerrar o ano com uma alta de 0,8%, ante projeção de 1,0% na projeção anterior.
Essa revisão se deve à postergação de alguns reajustes importantes, como os de medicamentos e planos de saúde, aliada ao bom comportamento dos preços da energia e das tarifas de transporte público, como ônibus, trem e metrô.
Apesar da aceleração inflacionária do segundo semestre de 2020, a taxa projetada ainda se encontra abaixo da meta estipulada para 2020 (4,0%).
A Nota de Conjuntura do Ipea sobre inflação é assinada pelos pesquisadores Maria Andréia Parente Lameiras e Marcelo Lima de Moraes. Para conferir a íntegra do documento, clique aqui.
Imagem em destaque: projeções da inflação, por itens. Divulgação Ipea
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