As palavras de Txai Suruí. Os protestos do MTST. A luta contra fome, do MST. O trabalho de servidores da saúde, educação e meio ambiente, contra os retrocessos. E muito mais
Da Rede Macuco | De Curitiba (PR) e Santos (SP)
Se de altas autoridades da República e de certos segmentos da elite ecoam a ostentação da estupidez, da nação emergem iniciativas que inspiram.
São ações de movimentos sociais, outras individuais, e muitas inclusive do poder público – graças à atuação abnegada de servidores e gestores de fato comprometidos com o interesse coletivo.
Registramos algumas delas, para que nos renovem as esperanças para 2022 – e por toda a vida:
– O trabalho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na mobilização pelo combate à fome. Os assentados e acampados do MST têm levado comida, saudável, em todas as regiões do Brasil, inclusive às periferias das grandes cidades. Comida de verdade, sem veneno, fruto da agricultura familiar.
– Protestos do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), como o que ocupou a Bolsa de Valores de São Paulo. São atos pacíficos e contundentes, direcionados aos espaços e responsáveis pela raiz de nossos males: as elites do mercado financeiro especulativo.
– O trabalho dos técnicos e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo com um governo central trabalhando contra, a capilaridade do SUS fez com que o Brasil terminasse 2021 com parte considerável da população vacinada contra a covid-19.
– O trabalho de técnicos, profissionais e professores da educação, em especial das redes públicas de ensino. Mesmo com salários e carreiras achatadas, e em condições mínimas de segurança fitossanitária, garantiram o retorno às aulas presenciais, e resgataram muitos estudantes os quais, em vulnerabilidade social, estavam em situação de evasão escolar.
– As palavras de Txai Suruí, indígena brasileira que chamou a atenção do mundo para os povos da floresta e para as emergências climáticas, na COP26, na Escócia (a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente)
– A atuação dos indígenas, quilombolas e ribeirinhas, auxiliada por organizações não governamentais e servidores de instituições públicas em todas as esferas de governo (como Ibama, ICMBio, órgãos estaduais e municipais) no combate à destruição ambiental promovida por altas autoridades da República.
Há incontáveis mais gestos e iniciativas de 2021 que inspiram para 2022 e por toda a vida.
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Imagem em destaque: Txai Suruí, a voz do Brasil na COP26. Foto: acervo pessoal, via Instituto Socioambiental
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