Infectologista da USP ressalta necessidade de não se descuidar das medidas de prevenção, como uso de máscara e vacinação
Do Jornal da USP | De São Paulo (SP)
As infecções por covid-19 vinham em baixa, mas o número de casos voltou a subir.
Em meio a esse aumento, algumas escolas de São Paulo suspenderam as aulas ou passaram a exigir o uso de máscaras de maneira obrigatória. Os dados de outros países também demonstram que a pandemia ainda não acabou: os Estados Unidos foram o primeiro país a superar a marca de 1 milhão de mortos pela doença.
O cenário e a possibilidade de uma nova onda de casos têm preocupado especialistas, ainda que o avanço da vacinação tenha se mostrado efetivo para conter a maioria das mortes e quadros graves da covid-19.
Ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Esper Kallás, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
CRIANÇAS
O aumento no número de casos foi registrado na população que ainda não recebeu a vacina, especialmente as crianças, constata o especialista.
Kallás conta que houve uma campanha de desinformação muito intensa, inclusive por parte de autoridades.
“Isso fez com que a adesão à vacinação entre crianças tivesse uma hesitação por parte dos pais e responsáveis”, afirma.
Como consequência, a cobertura vacinal nas crianças foi mais lenta.
Houve então um conjunto de fatores: o vírus chega mais transmissível e encontra justamente as crianças que ainda não tinham sido protegidas.
“As crianças acabaram, dessa vez com muito mais clareza, servindo como o principal vetor da disseminação do vírus, isso vem acontecendo no país todo.”
IMPORTÂNCIA DO USO DA MÁSCARA
Kallás faz parte do comitê de enfrentamento à covid-19 da USP e conta que a opção por manter o uso de máscara obrigatório dentro da Universidade, mesmo que as autoridades de saúde já o tivessem liberado, se deu por “achar que ainda era cedo demais”.
“Felizmente, a gente não tem tido grandes surtos de transmissão, acredito eu, por causa da adoção da máscara nos ambientes da Universidade”, pontua.
O professor ressalta que as medidas de segurança devem ser mantidas.
Grande parte dos pacientes com casos graves atualmente ainda é constituída por idosos e imunossuprimidos. “Para essa população, a gente precisa de mais doses”, defende.
A vacinação das crianças também é essencial. “Se a gente protege as crianças, consequentemente protege também os adultos em seu entorno.”
Por isso, a vacinação é fundamental tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.
Ouça a seguir a entrevista com o professor da USP:
Imagem em destaque: vacinação em Santos contra a covid-19. Foto: Prefeitura de Santos
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