‘Mover’, um movimento de resistência, e a arquiteta urbanista Raquel Rolnik explicam como especulação imobiliária está expulsando moradores e destruindo meio ambiente, história e memórias
Com informações do Repórter Eco, da TV Cultura | De São Paulo (SP)
De um lado, um ‘boom’ de torres de luxo em construção. De outro, aumento da população sem teto.
É cena comum nas cidades brasileiras nos últimos anos, e uma das razões está na especulação imobiliária.
É o que explicam ao Repórter Eco, da TV Cultura, a arquiteta urbanista Raquel Rolnik, e a ativista Janice de Piero, uma das fundadoras do Mover – Movimento de Oposição à Verticalização Abusiva.
Moradias e outras edificações baixas são demolidas sem critério para dar lugar a arranhas céus cujos apartamentos têm preços e condomínios inacessíveis para a maior parte da sociedade.
Raquel Rolnik, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), alerta que a maior parte dos edifícios e suas unidades sequer são feitas para serem ocupadas.
São adquiridas por investidores, para que fiquem vazias mesmos, à espera de uma boa oportunidade de negócio. “Isso é a especulação imobiliária”, ilustra.
Por sua vez, Janice de Piero conta como a Vila Romana, bairro onde vive na capital paulista, de origem industrial e operária, foi totalmente descaracterizada pela derrubada de casas para a construção de prédios altos.
A ativista conseguiu que sua casa, icônica, fosse tombada. No entanto, está cercada de torres, que impedem a luz do sol e a ventilação.
O Repórter Eco ressalta que, embora os casos ilustrados se refiram a São Paulo, o problema se aplica em diversas cidades de grande e médio porte pelo Brasil.
Ainda, que a verticalização desenfreada traz impactos sociais, econômicos, culturais e ambientais danosos.
Imagem em destaque: terreno no Centro de Curitiba, onde havia casas, e está em andamento a construção de mais um prédio cujos preços das unidades não atendem às classes populares. Foto: @waasantista
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Estamos sentindo mas não reagimos.
O estão fazendo com as pessoas?!
Passam por cima como tratores .
Sem cidadania… sem respeito.
Resultado de uma política de capitalização .
Quem tem, vive do trabalho, semi escravo ,
De quem ganha salário mínimo .