Pancs, caminho para combater a fome, gerar renda e preservar a natureza

Trabalho premiado da etnobióloga Patrícia Muniz de Medeiros, professora e pesquisadora da Ufal, tem potencial para impulsionar segurança alimentar e economia

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Do Repórter Eco, da TV Cultura | De São Paulo (SP)

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Pancs significa “Plantas Alimentícias Não-Convencionais”.

São espécies que dão frutos nutritivos, porém de consumo pouco difundido.

Por exemplo: aroeira, cambuí, araçá, mangaba, pitomba, jenipapo… E outras tantas.

Mas justamente popularizar o benefício das Pancs é o propósito da etnobióloga Patrícia Muniz de Medeiros.

Ela é pesquisadora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde também leciona Agroecologia e Engenharia Florestal.

A cientista vem mostrando, com seu trabalho, que:

– As Pancs são opção farta e acessível para combater a fome no Brasil

– As Pancs são opção de alimentação nutritiva

– O investimento em seu cultivo fomenta a agricultura familiar, gerando emprego e renda no campo

– O cultivo das Pancs conserva o ecossistema, ou seja, é ambientalmente sustentável

Patrícia Medeiros defende que o cultivo de Pancs seja diversificado.

Com foco nas frutíferas, “que têm possibilidade de comercialização”, enfatiza ela em entrevista ao Repórter Eco, da TV Cultura.

Suas pesquisas têm se localizado sobretudo na Mata Atlântica, em especial nas áreas de restinga.

O potencial de Pancs, contudo, se espalha por outros biomas também.

Comunidades tradicionais, que fazem uso dessas espécies, têm muito a ensinar.

“O conhecimento científico não é única forma de conhecimento. Saberes locais precisam ser valorizados”, afirma a pesquisadora.

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Imagem em destaque: a pesquisadora Patrícia Medeiros, quando neste ano recebeu o prêmio International Rising Talents, concedido a jovens cientistas mulheres pela Fundação L’Oréal em parceria com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Foto: divulgação Fundação LOréal

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