Presidente Lula anunciará pacote de medidas para mulheres, em várias áreas; atos, como em Santos e do MST em todas as regiões, reforçam luta contra a violência e defesa da democracia
Com informações do Palácio do Planalto, do Fórum da Cidadania de Santos e do MST | De Brasília (DF), Santos (SP) e São Paulo (SP)
Depois de sete anos, o Brasil volta a celebrar o Dia Internacional da Mulher vivendo sob condições democráticas elementares.
O 8 de Março de 2023 deve ser marcado por uma série de medidas a serem anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme ele próprio antecipou semana passada, e de acordo com interlocutores do governo federal.
São medidas como um projeto de lei para assegurar a paridade salarial.
Mas o pacote inclui também ações no combate à violência, na assistência social, na educação, na saúde, na cultura, na saúde e no fomento à geração de trabalho e renda.
ATOS DO MST
Em todo o Brasil, movimentos sociais promovem, no mesmo dia 8, atos em defesa de direitos, contra o machismo, a misoginia, o feminicídio, o racismo e a LGBTfobia.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, vai realizar uma série de atividades, em 24 das 27 unidades da federação. As ações começaram nesta segunda, dia 6, e segue até quarta, dia 8.
(Clique aqui para acompanhar as informações sobre os atos MST no Dia Internacional da Mulher)
ATO EM SANTOS
No litoral de São Paulo, a Frente Feminista da Baixada Santista realiza em Santos ato político e cultural com o mote “Mulheres nas ruas em defesa da democracia. Punição aos golpistas e racistas”.
A concentração começa às 17h, na Estação da Cidadania de Santos (antiga Estação Sorocabana, na Avenida Ana Costa, 340).
ESPAÇO PARA CRIANÇAS
De acordo com as organizadoras do evento em Santos, “o ato contará com a participação de mulheres artistas da região, microfone aberto para as mulheres, e espaço para que as mães tragam suas crianças”.
Segue o comunicado: “As palavras de ordem presentes na pauta das mulheres e as falas das representantes dos movimentos sociais, coletivos, sindicatos e partidos serão intercaladas com as apresentações culturais. Mulheres artistas da Cidade estarão colaborando com a reflexão sobre a vida das mulheres, a violência doméstica, o feminicídio, o estupro e a violência política”.
“A Frente Feminista da Baixada Santista”, continua o texto, “elaborou um manifesto que diz: ‘Nós, mulheres, somos resistência contra o fascismo e denunciamos o retrocesso dos direitos da população, em especial das mulheres periféricas e negras’”.
SOBRE O 8 DE MARÇO
O material da Frente Feminista da Baixada Santista contextualiza ainda a origem e a importância da data.
“Vários protestos e greves já ocorriam na Europa e nos Estados Unidos desde a segunda metade do século XIX.
A maioria deles reivindicavam melhorias nas condições de trabalho nas fábricas e a concessão de direitos trabalhistas e eleitorais para as mulheres.
Em 1910, em Copenhague, no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, Clara Zetkin, membro do PC Alemão, propôs a criação de um Dia Internacional da Mulher (sem estipular uma data) para possibilitar que o movimento operário pudesse dar maior atenção à causa das mulheres trabalhadoras.
O incêndio de 25 de março de 1911 (onde 125 mulheres e 21 homens morreram queimadas num incêndio numa fábrica) viria a ser sugerido, nos EUA, como dia simbólico das mulheres como sugerido por Clara Zetkin.
O movimento feminista e as demais associações de mulheres em 08 de março de 1917, na Rússia, realizam uma primeira marcha por direitos.
A partir dos anos 1960, a comemoração do dia 8 de março já tinha se tornado tradicional sendo oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) apenas em 1975, declarando o Ano Internacional das Mulheres, e o dia 8 como destinado a ações voltadas ao combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo.
É importante afirmar que o Dia Internacional da Mulher não foi criado por influência de uma tragédia, mas sim por décadas de engajamento político das mulheres pelo reconhecimento de sua causa.”
Imagem em destaque: ato de mulheres sem terra em Recife. Foto: MST em Pernambuco
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