Belém está confirmada como a sede da 30ª Edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em 2025; confira o que prevê a proposta
Com informações da Agência Pará | De Belém (PA) e Brasília (DF)
Belém, capital do Pará, será a sede da 30ª Edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025.
A informação foi confirmada na tarde da última sexta-feira, 26 de maio, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao governador do Estado, Helder Barbalho.
Esta será a primeira vez que uma cidade brasileira sedia o evento internacional, considerado um dos mais relevantes do mundo sobre o tema.
Um dos trunfos que o Pará apresenta para expor ao planeta possibilidades de desenvolvimento sustentável está um Plano de Bioeconomia, pioneiro no Brasil.
Tanto o governador, como secretários e técnicos da administração paraense têm procurado dialogar com instâncias federais e internacionais a fim de explicar em que consiste o projeto.
Só de abril para cá, o Governo do Pará expôs as propostas em encontros como:
– no Reino Unido (“Lide Brazil Conference London);
– em Portugal (“ODS na Prática”);
– em Belém, com comitiva diplomática da Suíça;
– em Brasília, com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
“O que nós estamos propondo”, frisa o governador Helder Barbalho, “é a transição para uma economia de baixo carbono e a conciliação com as economias já existentes, para que nós possamos conciliar a sustentabilidade ambiental, econômica e social”.
Ainda segundo o chefe do Executivo paraense, é preciso “pensar em um modelo que respeite a floresta, e que seja inclusivo ao olhar para as pessoas que precisam de oportunidade, de renda e emprego”.
O Plano de Bioeconomia do Pará (Planbio) foi lançado internacionalmente em dezembro último, durante a COP 27.
O plano tem 92 ações, e dois importantes pilares já estão em execução:
– o Parque Estadual de Bioeconomia, que será entregue em novembro de 2025, quando Belém sediar a COP 30;
– em no segundo semestre deste ano, a realização de leilões de chamamento para a concessão de florestas para restauro, estimulando a participação da iniciativa privada.
De acordo com o governador, ao ser signatário da ‘Race to Zero’, o Pará se propõe a zerar as emissões de carbono até o ano de 2036.
“Atualmente, a agenda climática paraense está debruçada na construção do seu Sistema Jurisdicional de REDD+, Pagamentos por serviços ambientais, Plano de Restauração da Vegetação Nativa e acompanhando as discussões sobre o mercado de carbono, a fim de tornar a floresta em pé uma nova commodity global”, enumera.
Imagem em destaque: Floresta Amazônica no Pará. Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará
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