Ludmilla chamando para a doação de sangue – e sendo atendida. O morador vizinho do Nilton Santos que instalou chuveirinho para aliviar fãs de Taylor Swift. Padre Júlio Lancelloti. Dráuzio Varella. O MST. O MTST
Da Rede Macuco | De Santos (SP), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Curitiba (PR)
Um morador dos arredores do Estádio Nilton Santos, no bairro Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, diante do calor extremo que castigava fãs da cantora Taylor Swift à espera da apresentação da artista, improvisou um chuveirinho na calçada.
Ele próprio comprou os canos, a ducha, a mangueira, e puxou água de sua residência.
Instalada a estrutura, convidava o povo a se refrescar. Sem cobrar nada; lhe recompensava o alívio que proporcionava ao próximo.
Era uma gentileza. Uma demonstração de sensibilidade e solidariedade, aliás o que faltou à empresa organizadora do evento, que sequer deixava o público entrar com garrafinha d’água.
O senhor que confortou muita gente foi personagem de um episódio do Profissão Repórter, cuja pauta era justamente a do sofrimento e sacrifícios enfrentados pelas pessoas que buscavam um momento ímpar: assistir a um show de seus ídolos.
Infelizmente, o nome do personagem não aparece no vídeo, ao qual você pode assistir aqui (vale muito ver!)
Mas é desse anônimo que vem uma das inspirações de 2023 – para 2024, para toda a vida.
Outra inspiração vem de uma personalidade, pra lá de famosa.
Vem de Ludmilla.
Lud, permita-nos chamar assim, incentivou uma multidão a doar sangue.
Reservou milhares de ingressos para a edição do Numanice no Rio de Janeiro, por sinal no mesmo Nilton Santos do vizinho solidário, a quem comparecesse ao hemocentro da cidade (Hemorio) para fazer doação de sangue.
Foram mais de 2 mil bolsas de sangue coletadas, sangue suficiente para mais de 8 mil pessoas. Segundo a Revista Radis (Fiocruz), o movimento de pessoas em 5 de julho de 2023, atendendo ao chamado de Ludmilla, foi o maior desde a criação do Hemorio, em 1944.
Os trabalhos de Padre Júlio Lancelloti, de Dráuzio Varella, dos movimentos dos trabalhadores rurais sem-terra (MST) e do MTST, dentre outras figuras e instituições, igualmente seguiram nos inspirando, em 2023. Não há dúvidas que assim será em 2024 e por toda vida.
Imagem em destaque: Ludmilla doando sangue no Hemorio. Reprodução Revista Radis/ Fiocruz
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