Circuito de exibição inclui as 26 capitais e Niterói, em diferentes datas, e ainda com os filmes disponíveis gratuitamente em plataforma de streaming, para serem assistidos de qualquer lugar
Do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, via Agência Gov | De Brasília (DF)
Depois de cinco anos – a última edição ocorrera em 2018 – volta a ser realizada no Brasil a Mostra de Cinema e Direitos Humanos.
Promovida pelos ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania e da Cultura e pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a Mostra chega à 13ª edição.
Serão exibidos 18 filmes nacionais, em 27 cidades (26 capitais e Niterói).
Em uma parte delas, a Mostra foi realizada semana passada.
Em outras, o evento ocorre nesta semana, até sexta-feira, dia 22.
Em um segundo momento, entre os dias 25 de março e 24 de abril, os filmes da Mostra Cinema e Direitos Humanos serão exibidos na plataforma de streaming InnSaei.TV, com transmissão em 300 equipamentos culturais cadastrados em diversos municípios do país.
Tudo gratuito.
Cena de “A bolsa ou a vida”, de Sílvio Tendler.
A 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos tem como tema “Vencer o ódio, semear horizontes”.
Faz ainda uma homenagem ao cineasta brasileiro Sílvio Tendler, autor de importantes documentários sobre a vida nacional.
O documentarista Sílvio Tendler. Foto de divulgação da Mostra
Os 18 filmes trazem como pautas os direitos de mulheres, pessoas idosas, crianças e jovens, pessoas com deficiência, população em situação de rua, povos indígenas e comunidade LGBTQIA+.
Além das sessões de cinema, a programação conta com debates sobre temas como prevenção e combate à tortura e ao genocídio, democracia e enfrentamento ao extremismo, direito à participação política, segurança, diversidade religiosa, memória, verdade, saúde mental, cultura e educação.
OFICINAS
Como parte da programação, também serão realizadas oficinas de formação de professores sobre cinema e educação com a utilização da metodologia do projeto “Inventar com a Diferença”.
As oficinas são espaços para se pensar e experimentar as possíveis formas de incluir o cinema como experiência sensível em contextos educativos.
São voltadas à formação de multiplicadores, tendo como público-alvo professores da educação básica das redes públicas, arte-educadores e educadores que atuem em outros espaços formais ou não formais de educação.
Os participantes que completarem a carga horária mínima recebem certificado emitido pela UFF.
A Mostra de Cinema e Direitos Humanos nasceu em 2006, para celebrar os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Iniciativa do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, contou ao longo da história com o envolvimento de diversas instituições públicas para sua realização, ampliando gradativamente seu alcance.
Foi, entretanto, interrompida a partir de 2019.
Mas, em dezembro último, em cerimônia na UFF, em Niterói, com a participação do ministro Silvio Almeida e do cineasta Silvio Tendler, foi anunciada a retomada do evento.
A iniciativa está em consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3), de ampliar e diversificar a produção de materiais pedagógicos e didáticos para educação em direitos humanos, e do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), de estimular a popularização dos direitos humanos através de produções culturais.
Imagem em destaque: cena de “Nossos espíritos seguem chegando”, obra que está na sessão de curtas-metragens da 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos. Foto de divulgação
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3 comentários sobre "A volta da Mostra de Cinema e Direitos Humanos"