Rica em lítio, Bolívia é alvo de nova tentativa de golpe

Metal é utilizado para fabricação de baterias de celular, notebooks e carros elétricos, por isso está na mira de megacorporações e magnatas, como Elon Musk, que já tinha apoiado golpe de 2019


Por Wagner de Alcântara Aragão, com informações do Opera Mundi e do Brasil de Fato | De Curitiba (PR)

Uma tentativa de golpe de estado na Bolívia, na tarde desta quarta-feira, 26 de junho, conseguiu se revertida a tempo.

O presidente Luiz Arce, eleito pelo voto popular em 2020, resistiu à investida de golpistas, liderados pelo até então comandante do Exército Boliviano Juan José Zúñiga.

Um multidão de bolivianos foi à Praça Murillo, em frente ao Palácio Presidencial, em La Paz, apoiar o governo e resistir à investida antidemocrática.

Forças políticas de diversos espectros ideológicos também se uniram em defesa da manutenção do governo de Luiz Arce.

Ao mesmo tempo, conforme apontou o jornalista Victor Farinelli, do Opera Mundi, o magnata Elon Musk “publicou em suas redes sociais uma enigmática mensagem com a foto de uma águia”.

Elon Musk já tinha sido um dos apoiadores do golpe sofrido pela Bolívia em 2019.

O país sul-americano vizinho ao Brasil tem uma das maiores reservas de lítio do planeta, como a Rede Macuco noticiou à época daquele golpe.

PODER ECONÔMICO INTERNACIONAL

O lítio é um metal que, entre tantas utilizados, é indispensável à fabricação de baterias de celular, notebooks e de carros elétricos.

Bigtechs, megacorporações de eletroeletrônicos e fabricantes de veículos elétricos, como Musk, têm, portanto, interesse especial em países detentores desse recurso natural.

Ao poder econômico representado por esses grupos, o governo democrático popular da Bolívia não lhe interessa.

De acordo com o Centro Mexicano de Relações Internacionais, a Bolívia lidera as reservas de lítio no mundo, concentrando quase um quarto delas. Em seguida vêm Argentina (22%) e Chile (11%). Os três sul-americanos compõem o chamado “Triângulo do Lítio”.

O Brasil e a Organização dos Estados Americanos (OEA); ainda México, Cuba e Venezuela, entre outros países, de imediato condenaram a tentativa de golpe na Bolívia.


Imagem em destaque: presidente da Bolívia, Luiz Arce, impede avanço do comandante militar golpista. Foto: reprodução/tv/ via Opera Mundi




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