Na divisa de Alagoas com Sergipe, a paisagem natural da Caatinga em máxima exuberância mesclada à da hidrelétrica, vista a partir da cidade história de Piranhas, é recanto de belezas do Brasil
Por Wagner de Alcântara Aragão (@waasantista) | De Piranhas (AL)
No Rio São Francisco, na divisa de Alagoas com Sergipe, forma-se um cânion, o de Xingó.
Ir até lá é se deparar com uma dentre tantas belezas que o Brasil guarda.
Do lado sergipano está o município de Canindé de São Francisco, cuja cidade fica distante das margens do rio.
Mas é no território desse município que estão praias que atraem moradores e turistas de todos os cantos do país (e de outras partes do mundo também).
As águas doces – porém não tão mansas – do Velho Chico convidam para o lazer, descanso, desfrute.
Quiosques à beira-rio e outros equipamentos dotam o lugar de infraestrutura e atrativos em geral para passar o dia.
Hidrelétrica ao fundo e praia fluvial do lado sergipano do Rio São Francisco. Foto: @waasantista
Do outro lado rio (cruza-se por ponte rodoviária) está o município de Piranhas, cujo Centro Histórico está às margens do São Francisco.
Há 20 anos, por sinal, o sítio histórico e paisagístico de Piranhas é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).
Não à toa, pois o casario, as ruaszinhas de paralelepípedos, as ladeiras, os mirantes, as pracinhas, tudo se constitui num verdadeiro cenário cinematográfico, sem igual.
Barzinhos, cafés, lojinhas de artesanato, entre outros estabelecimentos, garantem comida, entretenimento, contato com a cultura regional.
O magnífico, contudo, está diante dos olhos: a paisagem do Rio São Francisco a partir do alto de Piranhas.
Aos pés, as praias fluviais.
À direita, o Cânion do Xingó, a mega estrutura da hidrelétrica lá ao fundo.
No final da tarde, o por do Sol doura a vista.
À esquerda, o caudaloso rio seguindo em direção ao Oceano Atlântico.
Chama a atenção o relevo elevado nas bordas, confirmando a condição de vale cortado pelo São Francisco.
Peculiar também é a vegetação e a tonalidade de verde e marrom, típicas da Caatinga.
É, enfim, a Caatinga em sua máxima exuberância.
[Para chegar à região por transporte público, uma opção é uma linha de ônibus de Aracaju até Canindé de São Francisco, operada pela Rota Transportes. Do centro da cidade ao Rio São Francisco é preciso tomar um táxi.
Não encontramos informações sobre linha de ônibus com desembarque em Piranhas. Para esta cidade, ou cruza-se de táxi a partir de Canindé de São Francisco, ou se parte de Maceió até São João da Tapera (linha operada pela Real Alagoas). Desta cidade, vai-se também de táxi até Piranhas].
Imagem em destaque: vista do Rio São Francisco, a partir de Piranhas. Fotos: @waasantista
