Com volta dos programas sociais, Brasil reduz pobreza e combate desigualdade

Quase 14 milhões de brasileiros e brasileiras saíram dessa condição (incluindo extrema pobreza) no último ano, aponta IBGE; sem iniciativas como Bolsa Família, situação teria piorado


Com informações Agência de Notícias do IBGE | Do Rio de Janeiro (RJ)

Com a retomada de programas sociais, desmontados depois do golpe de 2016, o Brasil está reduzindo a pobreza e combatendo as desigualdades socioeconômicas.

É o que demonstram os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta semana (na quarta-feira, 4 de dezembro).

De acordo com o levantamento, o percentual da população do país com rendimento domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza caiu de 31,6%, em 2022, para 27,4%, em 2023.

Trata-se do menor percentual desde 2012.

Em número de pessoas é dizer: 8,7 milhões de brasileiros e brasileiras saíram da pobreza em um ano. Em 2022 eram 67,7 milhões nessa condição, em 2023, 59 milhões.

O critério de pobreza adotado pelo IBGE é o mesmo do Banco Mundial, que considera esse estágio pessoas com renda mensal abaixo de R$ 665.

Na faixa da extrema pobreza – renda mensal abaixo de R$ 209 mensais – também houve redução: de 5,9% para 4,4%, no mesmo período (de 2022 para 2023). É a primeira vez desde 2012 que esse percentual ficou abaixo dos 5%.

Em números absolutos, a população na extrema pobreza recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões de pessoas, também o menor contingente desde 2012. Em um ano, cerca de 3,1 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza.

SEM OS PROGRAMAS SOCIAIS, SITUAÇÃO TERIA PIORADO

Na hipótese de não existirem os programas sociais implementados pelo governo federal, a proporção de pessoas na extrema pobreza em 2023 teria subido de 4,4% para 11,2%.

Já a proporção da população na pobreza teria subido de 27,4% para 32,4%.

O programas sociais também impediram o aumento da desigualdade de renda em 2023.

Em 2023, o índice de Gini, que mede a desigualdade, ficou idêntico ao de 2022 (0,518).

“Por atuarem mais na base da estrutura de rendimentos, os efeitos dos benefícios de programas sociais impediram que o Gini aumentasse, pois sem esses benefícios, o Gini teria passado de 0,518 para 0,555”, explica o pesquisador do IBGE André Simões.

Clique para conferir mais detalhes e acessar o estudo completo.


Imagem em destaque: o ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, durante divulgação de estudos sobre o Bolsa Família 2.0. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil




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