Reforma agrária, reforma urbana, taxação das grandes fortunas e por limites às big techs estão entre as pautas para o ano novo. Colher frutos do processo de reconstrução do Brasil está entre as expectativas
Da Rede Macuco | De Santos (SP), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Belém (PA)
Duas postagens antes desta, tratamos de fatos de 2024 que precisam de ser cobrados em 2025 (ver aqui).
Já na postagem anterior a esta, trouxemos alguns exemplos de 2024 que podem nos servir de inspiração para 2024 – e para a vida toda (ver aqui).
Agora, olhando especificamente para 2025, podemos vislumbrar algumas lutas e esperanças para o ano que se avizinha.
Começamos com a importância de recolocarmos em pauta, em evidência, a luta por reforma agrária.
É uma luta antiga, talvez nem sempre em voga pois não reverbera nem na mídia tradicional nem nas redes sociais digitais, entretanto é uma das reformas de base fundamentais para o Brasil combater desigualdades, erradicar de vez a fome e promover sustentabilidade ambiental na agricultura.
Uma reforma urbana, que simplesmente coloque em prática o Estatuto das Cidades e dê função social a imóveis – destinando-os à habitação, lazer, cultura, educação, esporte, saúde – é outra urgente. Qualidade de vida só se viabiliza se tivermos cidades democráticas, que põem o interesse público acima da gula da especulação imobiliária.
Falar em gula, uma luta que até está mais, digamos, “na moda”, não pode ser arrefecida em 2025. Referimo-nos à luta pela taxação das grandes fortunas.
Uma sociedade mais justa, livre de racismo, preconceito, discriminações e violência faz-se indispensavelmente por distribuição de renda.
Precisamos ainda resistir ao poder do mercado financeiro e das bigtechs, estabelecendo regulações em favor da absoluta maioria, do povo, não dos rentistas nem dos magnatas imperialistas donos do X, Google, Meta, Amazon, Uber e outras plataformas e aplicativos mais.
Citamos uma porção de lutas. Vamos agora a algumas expectativas e esperanças.
Expectativa e esperança de que a reconstrução de políticas públicas destruídas desde o golpe de 2016 comece a gerar frutos.
Por exemplo, acelerando o processo de ascensão social das famílias em pobreza ou extrema pobreza.
Fazendo o Brasil voltar a figurar como exemplo de vacinação, escanteando negacionismos.
Consolidando a retomada da cultura, e alçando o esporte como instrumento de educação e cidadania.
São, enfim, algumas lutas e esperanças que registramos aqui.
Tem mais a acrescentar? Sem dúvida sim. Então, só deixar nos comentários.
Imagem em destaque: Marcha do MST na Bahia pela reforma agrária. Foto: MST/BA
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