Rendimento do trabalhador e empregos com carteira assinada batem recorde

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, maior número da série histórica iniciada em 2012. Já o rendimento médio chegou a R$ 3.378 mensais


Da Agência Gov | De Brasília (DF)

O rendimento médio dos trabalhadores, R$ 3.378, no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2025, assim como o número de trabalhadores com carteira assinada, 39,6 milhões, chegou ao recorde histórico da série iniciada em 2012.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, dia 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

A taxa de desocupação repetiu seu valor mais baixo entre os trimestres encerrados em fevereiro (6,8%), que havia ocorrido em 2014, embora, se comparada com o trimestre anterior (setembro a novembro de 2024), tenha tido com alta de 0,7 ponto percentual.

Além disso, se comparada ao mesmo trimestre (dezembro a fevereiro) do ano passado, a taxa de desocupação ficou 1,0 ponto percentual abaixo.

A população desocupada cresceu 10,4% frente ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas. Esse contingente, no entanto, está 12,5% menor que o registrado no mesmo trimestre de 2024.

A população ocupada do país recuou 1,2% frente ao trimestre anterior e chegou a 102,7 milhões de trabalhadores. Esse contingente ainda está 2,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

QUASE 40 MILHÕES COM CARTEIRA ASSINADA

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012.

Houve alta nas duas comparações da pesquisa: 1,1% (ou mais 421 mil pessoas com carteira assinada) no trimestre e 4,1% (ou mais 1,6 milhão de trabalhadores) no ano.

Segundo a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, “a expansão do emprego com carteira está relacionada com a manutenção das contratações no comércio”.

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 6,0% no trimestre e manteve estabilidade no ano.

O número de empregados no setor público (12,4 milhões) recuou 3,9% no trimestre e subiu 2,8% no ano.

Enquanto isso, o contingente de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 1,7% no ano.

CAI A INFORMALIDADE

Como resultado desses movimentos, a taxa de informalidade teve ligeira redução: 38,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7% no trimestre encerrado em novembro de 2024 e, igualmente, 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024.

RENDIMENTO MÉDIO REAL CHEGA AO RECORDE

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores chegou a R$ 3.378 no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2024, com a alta de 1,3% no trimestre e de 3,6% no ano, já descontados os efeitos da inflação nesses períodos.

Esse valor foi o mais elevado da série da Pnad Contínua, iniciada em 2012.

O aumento na comparação trimestral foi puxado pelas altas no rendimento nos grupamentos da indústria (2,8%, ou mais R$ 89) administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,1%, ou mais R$ 139) e serviços domésticos (2,3%, ou mais R$ 29).

Adriana Beringuy observa que “a alta do rendimento no trimestre está relacionada à redução do contingente de trabalhadores informais em certos seguimentos das atividades econômicas, crescendo, portanto, a proporção de ocupações formais com maiores rendimentos”.

A massa de rendimento real habitual (R$ 342,0 bilhões) foi novo recorde da série histórica, mantendo estabilidade no trimestre e crescendo 6,2% (mais R$ 20,0 bilhões) no ano.

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Em função da pandemia de covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

Consulte os dados da Pnad no Sidra, clicando aqui.

A próxima divulgação da Pnad Contínua Mensal, referente ao trimestre encerrado em março, será no dia 30 de abril.


Imagem em destaque: mutirão de empregabilidade no Distrito Federal. Foto: Dênio Simões/ Agência Brasília



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