Em versos, uma homenagem ao baião de Luiz Gonzaga, um lamento pelo esquecimento da música de raiz
SOBRE A MÚSICA NORDESTINA
Por Socorro Alcântara* | De Nossa Senhora da Glória (SE)
Sobre a música nordestina
Falo com muita emoção
Temos reis e rainhas
E o grande rei do baião
Com o nome Luiz Gonzaga
Que fez muita animação
Da música Asa Branca
A Samarita Parteira
Com a sanfona afiada
Do chão levantava poeira
Só não cantava o mudo
Ou quem caiu na cegueira
No sofrimento da seca
Cantou a triste partida
Amarga quenem jiló
Cantou a paixão recolhida
E foi na hora do adeus
A música da despedida
Por este Nordeste afora
A coisa tá escancarada
Esqueceram a música boa
E tão cantando a esculhambada
Estão dançando até o chão
Na frieza da madrugada
Agora vou terminar
Pra não atingir a moral
De quem não vive a cultura
Levando uma vida banal
Troca forró por arrocha e lambada
E faz da vida um carnaval
Imagem em destaque: comissão de frente da Unidos da Tijuca em 2012, ano do centenário de Luiz Gonzaga, enredo da escola naquele Carnaval – da qual foi campeã. Foto: divulgação Liesa
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