Cenário depois da crise do golpe que tirou Dilma Rousseff favorece os endinheirados, mostra o estudo “A escalada da desigualdade”
Da FGV | Do Rio de Janeiro
Pesquisa do FGV Social [unidade da Fundação Getúlio Vargas] mostra que a desigualdade está aumentando há 17 trimestres consecutivos [ou seja, há quatro anos].
Esse período de aumento contínuo da desigualdade é o maior período da série histórica brasileira documentada.
Nem mesmo em 1989, que constitui o nosso pico histórico de desigualdade brasileira, houve um movimento de concentração de renda por tantos períodos consecutivos.
A renda do trabalho da metade mais pobre da população caiu 18,1% em termos reais.
Já a renda dos 1% mais rico subiu 9,5% nesse período.
O FGV Social também tem dados dos grupos da população que mais perderam com a crise (sexo, raça, idade, escolaridade, posição na família, região, etc).
[A Rede Macuco analisou os dados, e o que eles confirmam?
Que a crise política instalada depois das eleições de 2014, quando a oposição não aceitou a derrota para Dilma Rousseff, favoreceu a elite, a parcela historicamente mais favorecida da população.
A crise política – tentativa de anulação da eleição pelo PSDB, os desmandos da Operação Lava Jato (que agora vêm à tona com as revelações do The Intercept Brasil), a hostilidade do Congresso (principalmente da Câmara dos Deputados, presidida por Eduardo Cunha) com o governo Dilma, a oposição partidária da mídia hegemônica – contaminou o ambiente econômico.
Com o golpe de 2016, por meio do impeachment sem base legal que tirou Dilma Rousseff do governo, a bagunça política e jurídica se generalizou. E a economia se afundou, todavia prejudicando as classes menos favorecidas. O topo da elite, que ganha dinheiro com o rentismo, não pára de ganhar. Por isso, mesmo sabendo das barbaridades que o atual presidente diz, essa elite segue apoiando sua turma].
Imagem em destaque: Ilustração do FGV Social
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