As tais reformas tributária e administrativa precisam de ser acompanhadas de perto, bem como as propostas de privataria do patrimônio e riquezas naturais.
Por Wagner de Alcântara Aragão, com informações das agências Câmara e Senado | De Brasília (DF)
Em sessão conjunta do Congresso Nacional – quando Câmara dos Deputados e Senado se reúnem -, foi aberto nesta segunda-feira, 3 de fevereiro, o Ano Legislativo 2020.
De acordo com os líderes partidários, propostas e projetos relacionados à economia devem dominar a pauta até dezembro.
Em particular as chamadas reformas administrativa e tributária, além de medidas que retiram direitos trabalhistas e que entregam as riquezas e o patrimônio nacional ao capital privado – estrangeiro, inclusive e principalmente.
Como o governo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e Cia. tem o apoio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para priorizar e aprovar o programa entreguista e destruidor de direitos, cidadãs e cidadãos vão precisar acompanhar de perto, cobrar, os parlamentares, para evitar o estrago – ou, na pior das hipóteses, minimizar.
DE BONITO SÓ O NOME
Os nomes das propostas são envolventes, de apelo – “reformas”, “contrato verde amarelo”, “programa de parcerias e investimentos” -, mas são rótulos que embalam verdadeiras tragédias para o povo e para o futuro da nação.
São vantajosos apenas ao mercado e os rentistas. Se não, vejamos:
- A “reforma” administrativa de que se fala ataca os trabalhadores que prestam serviço público à sociedade, sem acabar com os privilégios de uma minoria abastada.
- A “reforma” tributária de que se fala não taxa grandes fortunas, não taxa o lucro dos bancos, não taxa o dinheiro ganho pelos rentistas na jogatina do sistema financeiro.
- O “contrato verde amarelo” arranca direitos mínimos, faz com que o mercado de trabalho no Brasil volte a ter as condições precárias do início do século passado.
- O “programa de parcerias e investimentos” entrega o petróleo, as riquezas minerais, a energia brasileira, as empresas públicas estratégicas para a soberania nacional. Os abutres do mercado internacional estão famintos, de olhos arregalados, diante das promessas de Paulo Guedes, o governo Bolsonaro e sua base de apoio no Congresso.
Como 2020 é ano de eleições municipais, e principalmente na Câmara há muita gente que vai se candidatar a prefeituras, os parlamentares se tornam mais suscetíveis à pressão popular.
Portanto, o caminho para evitar esse atentado ao Estado de bem estar social da política bolsonarista é acompanhar de perto o trabalho dos deputados federais e senadores da sua região.
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Imagem em destaque: mesa da sessão de abertura do Ano Legislativo 2020. Foto de Pablo Valadares/Agência Câmara
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