Em São Paulo e no Rio, sambas exaltam gente de luta e raízes africanas

Desfiles começam nesta sexta-feira e seguem até a terça-feira de Carnaval; presença de tradicionais como Vai-Vai e Imperatriz nos grupos de acesso chama a atenção.


Por Wagner de Alcântara Aragão (@waasantista) | De Curitiba (PR)

Tereza de Benguela, pela Barroca Zona Sul, em São Paulo.

Elza Soares, pela Mocidade Independente de Padre Miguel, no Rio de Janeiro.

“É coisa de preto”, enredo da Tom Maior, na capital paulista.

“Tata Londirá”, a história do Pai João da Gomeia, figura fundamental do Candomblé, enredo da Grande Rio.

São apenas alguns exemplos do que os desfiles das escolas de samba em São Paulo e no Rio de Janeiro reservam para o Carnaval 2020.

As apresentações do grupo especial paulistano ocorrem nas noites desta sexta, dia 21, e sábado, 22; as do grupo especial carioca, domingo, 23, e segunda, 24.

Enredos, sambas e desfiles de exaltação a figuras de gente que travou o bom combate na história do Brasil, denúncias contundentes ao preconceito contra religiões de matriz africana, e críticas explícitas a posicionamentos e medidas do atual governo nacional – como o estímulo ao armamento e a ofensiva a indígenas – estarão presentes em todas noites.

Além da consistência temática, os desfiles tanto de São Paulo como do Rio, em que pesem maiores restrições financeiras das agremiações, em relação a quatro, cinco anos atrás, deverão ser marcados por imponência plástica, rigor estético, riqueza de detalhes em fantasias, alegorias, e capricho em acabamento.

Certeza de disputa acirrada.

Em São Paulo, Mancha Verde (atual campeã), Mocidade Alegre, Rosas de Ouro, Império da Casa Verde e Acadêmicos do Tatuapé formam um conjunto de favoritas. Mas Dragões da Real (vice-campeã em 2019), Unidos de Vila Maria e Gaviões da Fiel não podem ser descartadas do páreo.

No Rio de Janeiro, Mangueira (atual campeã), Mocidade de Padre Miguel, Salgueiro e Portela, pela regularidade nos últimos anos, e pelo que prometem para 2020, figuram num primeiro conjunto de favoritas. Todavia, Beija-Flor, Grande Rio e Unidos da Tijuca vêm com potencial para brigar pelo troféu também.

Outro ponto em comum, além de enredos de denúncia e protesto, entre os desfiles de São Paulo e os do Rio está na ausência, no grupo especial, de duas gigantes tradicionais.

Na Passarela Adoniran Barbosa, a Vai-Vai, maior vencedora do Carnaval paulistano (15 títulos), se apresentará no grupo de acesso, devido ao rebaixamento em 2019.

Também rebaixada em 2019, a Imperatriz Leopoldinense (oito títulos nos desfiles cariocas) se preparou para vir com tudo em 2020 e retomar sua posição no grupo de elite, em 2021.

A conferir.

A Rede Macuco vai cobrir os desfiles das escolas de samba do Rio, grupo especial, nas duas noites.

As atualizações se darão pelo Twitter (@redemacuco) e pelo Instagram (@redemacuco).

E, após a apuração, um balanço das apresentações, aqui no blog.

Feliz Carnaval!


Imagem em destaque: Leci Brandão, elo entre os desfiles do Rio e de São Paulo, e é Mangueira e Tatuapé, em festa na Portela, neste mês. Divulgação Portela


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