Em um ano, cesta básica sobe nas 17 capitais pesquisadas

Salário mínimo ideal para suprir as necessidades essenciais das famílias deveria ser de R$ 5.518,79, cinco vezes mais que o vigente


Por Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual | De São Paulo (SP)

O custo médio da cesta básica, que segue sua tendência de alta, aumentou no último mês em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese [Departamento Intersindical de Estudos Socieconômicos].

No acumulado de 2021 (janeiro-julho), os preços sobem em 14 cidades.

Em 12 meses (agosto de 2020 a julho de 20210, a cesta subiu em todas, com aumentos próximos dos 30%.

Apenas em julho, as maiores altas foram registradas em:

Fortaleza (3,92%)
Campo Grande (3,89%)
Aracaju (3,71%)
Belo Horizonte (3,29%)
Salvador (3,27%).

As únicas quedas foram apuradas em:

João Pessoa (-0,70%)
Brasília (-0,45%).

De janeiro a julho últimos, o preço médio caiu apenas em Belo Horizonte, Brasília e Goiânia.

No acumulado em 12 meses, as altas vão de 11,81% (Recife) a 29,42% (Brasília), atingindo 28,50% em Porto Alegre. Na capital paulista, 22,06%. No Rio de Janeiro, 22,86%.

Segundo o Dieese, as cesta mais caras em julho foram as de:

Porto Alegre (R$ 656,92)
Florianópolis (R$ 654,43)
São Paulo (R$ 640,51).

As de menor custo foram as de:

Salvador (R$ 482,58)
Recife (R$ 487,60).

Com base na mais cara, o instituto calculou em R$ 5.518,79 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de um trabalho e sua família.

Ou 5,02 vezes o atual piso nacional, que é de R$ 1.100. Essa proporção era de 4,93 vezes em junho.

O tempo médio para adquirir os produtos da cesta subi para 113 horas e 19 minutos, quase duas a mais.

E o trabalhador remunerado pelo mínimo comprometeu 55,68% de sua renda líquida para adquirir esses produtos (54,79% no mês anterior).

De acordo com a pesquisa, açúcar, café em pó e tomate aumentaram em 15 capitais, das 17 pesquisadas.

O preço do leite integral subiu em 14 e o da manteiga, em 12. Já o o arroz diminuiu também em 14 cidades.

Confira aqui e confira o levantamento completo do Diesse.


Imagem em destaque: leite integral, açúcar, café e tomate, alguns dos produtos cujos preços subiram na maioria das capitais em julho. Foto de Rede Brasil Atual




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