Na UFJF, percentual de estudantes negros triplicou em dez anos; na UFG aumentou também o ingresso de indígenas
Por Wagner de Alcântara Aragão (@waasantista) | De Curitiba (PR)
Duas universidades públicas federais – a de Juiz de Fora (UFJF) e a de Goiás (UFG) – publicaram recentemente conteúdo jornalístico sobre os resultados dos dez anos da Lei de Cotas.
Os casos, em ambos, são uma amostra de como essa política afirmativa democratizou o acesso ao ensino superior.
A Lei de Cotas – lei federal 12.711/2012 – foi sancionada em 29 de agosto daquele ano, pela presidenta Dilma Rousseff.
Estabelece a reserva de vagas em cursos superiores de instituições federais de ensino para grupos historicamente excluídos – negros, indígenas e estudantes de baixa renda oriundos de escolas públicas.
A lei deu mais segurança jurídica a políticas afirmativas nesse sentido, que já estavam sendo adotadas por algumas instituições e, ao tornar as cotas obrigatórias, tornou regra a reserva de vagas. Ainda, estimulou a adoção do mecanismo por universidades e governos estaduais.
REVISÃO EM 2022
Conforme previsto pela mesma lei, dez anos depois ela deveria passar por revisão. É o que ocorre agora.
Diante do êxito da política, mas, também, frente a necessidade persistente de ações afirmativas, há movimentos em defesa da manutenção das regras
Dar visibilidade aos benefícios trazidos pelas cotas é uma forma de fazer com que a sociedade compreenda a efetividade dessa ação afirmativa.
NA UFJF, DESDE 2006
Na UFJF, desde 2006 há política de cotas para o ingresso em seus cursos.
Hoje, quase metade dos estudantes (exatos 47%) é de beneficiados pelas cotas.
“O percentual de negros na UFJF triplicou nos últimos dez anos”, ressalta a instituição.
Confira aqui matéria produzida pela assessoria de comunicação da instituição, com mais detalhes.
NA UFG, DESDE 2008
Na UFG, a reserva de vagas passou a vigorar em 2008, e gradativamente foi sendo aperfeiçoada.
Principalmente, a partir de 2013.
“O programa [de cotas”, informa a universidade, “foi direcionado de forma mais específica ao público indígena e quilombola”.
“Atualmente”, continua, “a UFG mantém a criação de vaga adicional para esses grupos, quando há demanda, e reserva 15 vagas no curso de Letras: Libras para candidatos surdos”.
Acesse aqui reportagem especial do Jornal da UFG, que inclusive traz informações de outras instituições de ensino superior.
Imagem em destaque: estudantes cotistas na UFG. Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG
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