Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 119,07% para 120,05% ao ano; para empresas, de 57,29% ao ano
Por Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil | De Brasília (DF)
A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida nesta quarta-feira, dia 3, pelo Banco Central, continuará a encarecer o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Apesar de o impacto na ponta final ser diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá os efeitos do aperto monetário.
Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 119,07% para 120,05% ao ano.
Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 56,57% para 57,29% ao ano.
A Selic passou de 13,25% para 13,75% ao ano.
ALGUNS EXEMPLOS
No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,39 a mais por prestação e R$ 4,63 a mais no valor final com a nova taxa Selic.
O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais.
Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a mais.
EMPRÉSTIMO PESSOAL
Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,85 a mais após o pagamento da última parcela.
Um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$ 0,81 mais caro por prestação e R$ 9,72 mais caro no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,23 a mais por parcela e R$ 673,51 a mais no total da operação.
Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,93 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.
CADERNETA DE POUPANÇA
A Anefac também produziu uma simulação sobre o impacto da nova taxa Selic sobre os rendimentos da poupança.
Com a taxa de 13,75% ao ano, a caderneta só rende mais que os fundos de investimento quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta.
Segundo as simulações, a poupança rende mais que os fundos em apenas um cenário, com aplicação de até um ano em relação a fundos com taxa de 3% ao ano.
Quando o fundo tem taxa de administração de 2,5% ao ano, a poupança rende o mesmo somente quando o dinheiro ficar aplicado por até seis meses.
A vantagem dos fundos ocorre mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração. Isso porque a poupança, apesar de ser isenta de tributos, rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), que aumenta quando a Selic sobe.
Esse rendimento da poupança é aplicado quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro de 2021.
Imagem em destaque: cédulas de R$ 100. Foto de José Cruz/ Agência Brasil
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