Inflação desacelera

Acumulado nos últimos 12 meses fica abaixo dos 5%; reajuste nas tarifas de ônibus impede, no entanto, diminuição ainda mais significativa. Entre as regiões metropolitanas pesquisadas, destaque para Fortaleza, que em março quase não registrou alta


Por Cristina Indio do Brasil., repórter da Agência Brasil | Do Rio de Janeiro (RJ)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apura a inflação oficial do país, atingiu 0,71% em março, desacelerando em relação a fevereiro, quando ficou em 0,84%, e atingindo o menor patamar desde janeiro de 2021.

Em março de 2022, o IPCA chegou a 1,62%.

No ano, o índice acumula elevação de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, percentual menor do que os 5,60% registrados no período imediatamente anterior.

O IPCA é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O maior impacto (0,43 ponto percentual – pp) e maior variação (2,11%) no índice no mês passado partiram do grupo ‘transportes’.

Com alta nos preços de 8,33%, a gasolina representou o maior impacto individual no índice de março (0,39 pp) e teve grande peso no comportamento do grupo. O etanol avançou 3,20%.

TÁXI E ÔNIBUS

Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice também influenciaram na pressão do grupo ‘transportes’ sobre o indicador de inflação.

Em contrapartida, ainda nesse grupo, o gás veicular registrou queda de 2,61% e óleo diesel, de 3,71%. As passagens aéreas, que haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% desta vez.

POR REGIÕES METROPOLITANAS

Nos índices regionais, todas as áreas avançaram em março, sendo que a maior variação foi registrada em Porto Alegre (1,25%). A causa foram as altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%).

Fortaleza, com alta de 0,35%, foi a menor variação no mês, com quedas de 17,94% no preço do tomate e de 2,91% no frango inteiro.

De acordo com o IBGE, o IPCA é calculado com base nas famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.


Imagem em destaque: ônibus em Campo Grande, cuja tarifa ficou mais cara em 1º de março. Foto: Prefeitura de Campo Grande




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