Desemprego estaciona, mas informalidade segue alta

É o que revelam os indicadores de pesquisa do IBGE; a taxa de desocupação do trimestre encerrado em abril ficou em 8,5%, a menor, para o período, desde 2015


Com informações de Caio Belandi, da Agência de Notícias do IBGE | Do Rio de Janeiro (RJ)

O desemprego no Brasil está em 8,5%, em 2023.

Essa taxa retrata apuração feita para o trimestre composto pelos meses de fevereiro, março e abril últimos.

Para esse período, o índice é menor desde 2015, ou seja, desde antes o início da crise política que levou ao golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.

Já em igual momento do ano passado, a taxa foi de 10,5%.

Em relação a trimestre imediatamente anterior (novembro e dezembro de 2022, e janeiro de 2023), o desemprego praticamente estacionou, pois a taxa tinha sido de 8,4%

Os dados são da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, divulgada na última quarta, dia 31.

A analista da pesquisa, Alessandra Brito, explica que essa queda foi surpreendente, porque o comum nessa época é haver uma elevação do desemprego.

“Essa estabilidade é diferente do que costumamos ver para este período. O padrão sazonal do trimestre móvel fevereiro-março-abril é de aumento da taxa de desocupação, o que não ocorreu desta vez”, afirma.

Com isso, o número de brasileiros e brasileiras desempregados é de 9,1 milhões.

Outras 67,2 milhões de pessoas estão foram da força de trabalho, e 98 milhões de fato com alguma colocação.

INFORMALIDADE

Contudo, a informalidade segue como problema crônico.

São 38 milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras na informalidade, o que representa 38,9% das 98 milhões de pessoas com alguma colocação.

Em outras palavras: de cada dez pessoas trabalhando, quatro estão na informalidade, e apenas seis na formalidade.

RENDIMENTO

Já o rendimento real habitual ficou em R$ 2.891, estabilidade frente ao trimestre encerrado em janeiro, mas com crescimento de 7,5% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual, de R$ 278,8 bilhões, também demonstrou estabilidade na comparação entre trimestres, com crescimento de 9,6% no confronto com abril de 2022.

MAIS SOBRE A PESQUISA

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país.

A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados.

Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Consulte aqui os dados completos da Pnad.


Imagem em destaque: trabalho informal no Pará. Foto: Marcelo Seabra/ Agência Pará




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