A transição energética de que o mundo precisa e está atrás passa pelo continente africano: lá estão 30% das reservas minerais do planeta, muitas essenciais para as tecnologias renováveis e de baixo carbono
Da ONU | De Addis Abeba (Etiópia)
Começou nesta segunda-feira, dia 14, a 19ª sessão da Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente. Até domingo, 18, especialistas e autoridades debatem sobre oportunidades para colaboração no enfrentamento dos desafios ambientais na África.
O evento ocorre em Addis Abeba, Etiópia.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, o encontro oferece uma plataforma para fortalecer o envolvimento coletivo da África na agenda ambiental global.
O programa deve refletir sobre a participação em conferências de acordos ambientais, como a Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente e outros processos multilaterais relacionados ao combate às mudanças climáticas.
O objetivo é garantir que a região não só seja capaz de enfrentar os desafios nessas áreas, mas também aproveitar as oportunidades emergentes para um fomentar o desenvolvimento sustentável do continente.
Os debates também devem ser uma oportunidade para os ministros fornecerem orientação política para os próximos eventos ambientais importantes, incluindo a COP 28 [Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas], cuja 28ª edição está marcada para os dias 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, Emirados Árabes].
MINERAIS DA ÁFRICA
Nas sessões de diálogo, os ministros devem abordar questões como fundos climáticos, proteção da saúde humana e do meio ambiente dos efeitos adversos da poluição plástica, minerais e seu papel nas transições energéticas no continente.
De acordo com documento preparado para o evento, a mudança para sistemas de energia limpa, inclusive no transporte, deve gerar um grande aumento na demanda por minerais essenciais em todo o mundo para acompanhar a meta global de emissões líquidas zero até 2050.
A África abriga 30% das reservas minerais do mundo, como cobalto, cobre e lítio, muitas são essenciais para tecnologias renováveis e de baixo carbono.
Para atender ao aumento esperado na demanda global, a produção de minerais e metais como lítio, grafite e cobalto precisará aumentar em quase 500% até 2050.
O aumento da demanda apresenta consequências ambientais, econômicas, geopolíticas e comerciais para a África.
Assim, os especialistas apontam que é necessário que a região africana utilize a transição verde para impulsionar o crescimento econômico, apoiar o desenvolvimento sustentável e criar empregos verdes.
A mudança deve contribuir para reduzir a pobreza e a desigualdade, minimizando os impactos ambientais e sociais negativos do desenvolvimento de minerais críticos.
O diálogo ministerial deve refletir sobre as principais estratégias e abordagens que a África pode aplicar para uma transição energética justa e na condução de um crescimento socioeconômico inclusivo e ambientalmente sustentável.
Imagem em destaque: colheita sustentável de recursos florestais feita por mulheres no Níger, antes da atual crise política no país. Foto de Luis Tato/ FAO
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