Nutricionista dá dicas para aproveitar pratos juninos

Especialista do SUS do Pará orienta principalmente a quem tem síndromes metabólicas, como diabetes e hipertensão, explicando formas alternativas para preparar pamonha, bolo de milho, curau, canjica, pé-de-moleque, arroz doce, cuscuz, quentão, maçã do amor e pipoca


Por Marcelo Zeno, da Assessoria de Comunicação do Hospital Jean Bitar | De Belém (PA)

Quem tem síndromes metabólicas (diabetes e hipertensão, por exemplo) controláveis pode aproveitar os pratos juninos, de forma alternativa e saudável.

É o que explica a nutricionista Dayse Gurjão, especialista na área, integrante do Hospital Jean Bitar (HJB), do Sistema Único de Saúde (SUS) do Pará. Situado em Belém, o hospital é referência na realização de procedimentos gastrointestinais e no tratamento de várias doenças.

A especialista observa que uma dieta equilibrada e saudável deve levar em consideração o contexto cultural e contemplar os alimentos regionais, assim como levar em consideração os hábitos alimentares.

“As festas juninas são conhecidas por suas delícias típicas, mas muitas dessas receitas são bastante calóricas e ricas em açúcar e gorduras. E para pessoas com doenças preexistentes e outras condições de saúde como diabetes, hipercoesterolemia, hipertrigliceridemia, esteatose hepática e excesso de peso, a atenção deve ser redobrada”, alerta Dayse.

“No entanto”, continua ela, “é possível adaptar esses pratos para versões mais saudáveis sem perder o sabor”.

Confira as dicas dadas pela profissional, no preparo dez dos pratos juninos mais apreciados:

1. Pamonha

Tradicional: Feita com milho, açúcar, leite de coco e manteiga.

Versão saudável: substitua o açúcar por adoçante natural. Use leite de coco light ou leite desnatado. Para reduzir a gordura, diminua a quantidade de manteiga ou utilize óleo de coco em menor quantidade.

2. Bolo de Milho

Tradicional: feito com milho, açúcar, farinha de trigo, e leite condensado.

Versão saudável: use farinha de milho ou farinha de amêndoas no lugar da farinha de trigo. Substitua o açúcar por adoçantes naturais. Troque o leite condensado por leite de coco ou iogurte natural.

3. Curau

Tradicional: feito com milho, açúcar, e leite de vaca.

Versão Saudável: utilize adoçantes naturais no lugar do açúcar. Use leite desnatado ou leite de amêndoas.

4. Canjica

Tradicional: feita com milho branco, leite condensado, açúcar, coco ralado, e leite de vaca.

Versão Saudável: substitua o açúcar por adoçantes naturais. Utilize leite de amêndoas ou leite de coco light. Adicione coco ralado sem açúcar.

5. Pé-de-moleque

Tradicional: feito com amendoim, açúcar, e leite condensado.

Versão saudável: Use açúcar de coco ou mel no lugar do açúcar refinado. Substitua o leite condensado por leite de coco ou creme de leite light.

6. Arroz doce

Tradicional: feito com arroz, leite, açúcar, leite condensado, e canela.

Versão saudável: substitua o açúcar por adoçantes naturais. Use leite desnatado ou leite de coco. Troque o leite condensado por iogurte natural ou leite de amêndoas.

7. Cuscuz de milho

Tradicional: feito com milho, açúcar, e coco.

Versão saudável: utilize açúcar de coco ou adoçantes naturais. Adicione coco ralado sem açúcar.

8. Quentão

Tradicional: feito com cachaça, açúcar, gengibre, e especiarias.

Versão saudável: use adoçantes naturais no lugar do açúcar. Adicione suco de frutas sem açúcar para dar sabor.

9. Maçã do amor

Tradicional: feita com maçã coberta de caramelo de açúcar.

Versão saudável: substitua o caramelo de açúcar por uma calda de mel ou xarope de agave.

10. Pipoca doce

Tradicional: feita com milho, açúcar, e óleo.

Versão saudável: Utilize açúcar de coco ou adoçantes naturais. Faça a pipoca no ar quente ou com óleo de coco em menor quantidade.

De janeiro a maio deste ano, o Hospital Jean Bitar já realizou 3.682 atendimentos ambulatoriais em nutrição e 7.343 atendimentos ambulatoriais em endocrinologia, especialidade no tratamento de pacientes com diabetes.

A unidade presta assistência em média e alta complexidade na área ambulatorial e hospitalar a usuários transgêneros, e em clínica médica e cirúrgica para doenças metabólicas e gastrointestinais.

O hospital pertence à rede de saúde pública do governo do Pará, e tem gestão do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de saúde Pública (Sespa).


Imagem em destaque: a especialista em Nutrição do Hospital Jean Bitar (HJB), do SUS em Belém, Dayse Gurjão. Foto: Agência Pará




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