Os ritmos latino-americanos na Feira Internacional da Música do Sul

Encontro no Paraná mostra potencialidade artística e de negócios na área, em países do continente – e entre eles, principalmente


Por Wagner de Alcântara Aragão | De Curitiba (PR)

Ritmos e artistas latino-americanos estiveram entre as atrações da Feira Internacional da Música do Sul (Fims), realizado entre os dias 12 e 14 de setembro em Curitiba.

E, para além da beleza e riqueza artística, o encontro na capital do Paraná reafirmou também o potencial econômico que a música em países do sul global, em particular no continente americano, dispõe.

A Rede Macuco acompanhou, por exemplo, a palestra de Lucas Toriño, da Asociación de la Musica Independiente del Paraguay.

O título do workshop – “Em breve vocês vão nos conhecer” – de fato expressou bem o recado que Toriño buscou transmitir.

Porque o profissional, além de apresentar um breve panorama do mercado de música no Paraguai, citando artistas de diferentes gêneros, de renome no país e no mundo, não deixou dúvidas: há um movimento de internacionalização da música paraguaia.

Movimento sobretudo de produtores e artistas independentes.

E que prioriza a inserção da música paraguaia nos países da América do Sul.

A própria presença de Toriño no Fims era demonstração concreta desse movimento.

Que se somava à realização ou envolvimento em foros similares, nos últimos anos, no Chile, Argentina, Colômbia.

“O Paraguai é o coração da América do Sul”, afirmou o profissional, ilustrando com mapa indicando a posição geográfica do país no continente, e pontuando como tal localização é estratégica, e favorece a conexão entre os países da região.

Lucas Toriño e um panorama sobre a música no Paraguai. Foto: @waasantista

Toriño citou ainda dados demográficos que sinalizam demanda por música e arte em geral.

“Da nossa população, 27% estão na faixa dos 15 aos 27 anos. São jovens gerando uma explosão criativa”, sublinhou.

Não há toa a capital, Assunção, tem sido palco de grandes festivais, reunindo em média até 50 mil pessoas.

“Queremos por o Paraguai no radar mundial”, assinalou.

A palestra do profissional paraguaio foi uma entre as diversas atividades no Fims que abordaram potencialidades de negócios, promoção de eventos e parcerias.

Mas a feira contou também com várias apresentações musicais.

Além de dois grandes shows  (um de abertura, com Rachel Reis, outro de encerramento, com Ekena), destaque para os chamados shows cases – apresentações musicais de 40 minutos com artistas em franca expansão em suas carreiras.

Batanga & Cia sacudiu o teatro. Foto: @waasantista

Sintetizando a latino-americanidade, entre os shows cases esteve o da Batanga & Cia, grupo composto por músicos de Cuba, Colômbia e do Brasil.

Que combinação!

Batanga & Cia. trouxe tudo e mais um pouco do que pode imaginar de sons caribenhos e brasileiros.

Terminou a apresentação descendo do palco, em cortejo de batuque e ginga pela plateia do Teatro Londrina, onde se deu o espetáculo, para delírio do público.

Esta foi a quinta edição da Fims – a primeira foi em 2016.

Para saber mais, acesse https://fims.com.br/.


Imagem em destaque: painel “A potência dos coletivos em organizar festas e festivais sustentáveis inseridos nas questões que afligem a humanidade no século XXI”, com Tulani Nascimento (Festival Salvador Capital Afro / FavelaCult), William Mendonça (Festival Ecléticos) e Alessandra Rodrigues (Marquise 51); mediação de Rubia Divino. Foto: @waasantista




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