Força de São Paulo e, principalmente, de Minas Gerais segue como marca em mais uma temporada (2024/2025, entre outubro e abril) do nacional da modalidade, tanto no feminino como no masculino; confira todos os campeões brasileiros, desde 1962
Por Wagner de Alcântara Aragão (@waasantista) | De Curitiba (PR)
Política “café com leite” foi como ficou conhecido um acordo tácito entre as oligarquias de São Paulo (produtor de café) e Minas Gerais (de leite) para o revezamento delas no governo, durante boa parte da República Velha (pelo menos desde 1898, até 1930).
Hoje, e desde meados da década passada em diante, o vôlei brasileiro vive esse predomínio de clubes paulistas e, principalmente, mineiros.
Não por compadrio, nem combinações: é um duopólio conquistado por vitórias nas quadras, no campo de jogo.
Na Superliga, cuja temporada 2024/2025 vai de outubro deste ano a abril do ano que vem, e é o “Brasileirão” da modalidade, a força de Minas Gerais e São Paulo nos últimos tempos é impressionante.
SUPERLIGA DE VÔLEI FEMININO
No feminino, são seis temporadas consecutivas de títulos nas mãos dos times mineiros: quatro do Minas Tênis Clube (2018/2019, 2020/2021, 2021/2022 e 2023/2024), de Belo Horizonte, e dois do Praia Clube, de Uberlândia (2017/2018 e 2022/2023).
[A temporada 2019/2020 não foi concluída, por causa da pandemia de covid-19].
Dos 12 clubes que disputam a temporada 2024/2025, sete deles (60%) são paulistas ou mineiros:
Osasco Vôlei Clube (Osasco, SP)
Barueri Volleybal Clube (Barueri, SP)
Sesi Bauru (Bauru, SP)
Pinheiros (São Paulo, SP)
Gerdau Minas (Belo Horizonte, MG)
Dentil Praia Clube (Uberlândia, MG)
Batavo Mackenzie Vôlei (Belo Horizonte, MG)
Fluminense (Rio de Janeiro, RJ)
Sesc Flamengo (Rio de Janeiro, RJ)
Abel Moda Vôlei (Brusque, SC)
Brasília Vôlei (Taguatinga, DF)
Unilife Maringá Vôlei (Maringá, PR)
Minas e Praia Clube se mantêm favoritos, mas a expectativa é de uma temporada 2024/2025 equilibrada – ainda mais que a anterior.
Sesi Bauru e Osasco estão na briga por título.
E Sesc Flamengo também está no páreo.
SUPERLIGA DE VÔLEI MASCULINO
No masculino, as últimas dez temporadas tiveram um clube mineiro (Sada/Cruzeiro faturando sete troféus) e dois paulistas levando três.
A equipe cruzeirense foi campeã por cinco temporadas consecutivas (2013/2014, 2014/2015, 2015/2016, 2016/2017 e 2017/2018), e depois mais duas seguidas em 2021/2022 e 2022/2023.
Taubaté (2018/2019 e 2020/2021) e Sesi Bauru (2023/2024) foram os paulistas vencedores.
[A temporada 2019/2020 não foi concluída, por causa da pandemia de covid-19].
Já dos 12 participantes da Superliga, no masculino, na temporada 2024/2025, praticamente três quartos (oito clubes) são da dupla café com leite:
Suzano Vôlei (Suzano, SP)
Sesi Bauru (Bauru, SP)
Vôlei Renata/Campinas (Campinas, SP)
Viapol/São José dos Campos (São José dos Campos, SP)
Vedacit/Guarulhos (Guarulhos, SP)
Sada Cruzeiro (Belo Horizonte e Contagem, MG)
Itambé Minas (Belo Horizonte, MG)
Praia Clube (Uberlândia/MG)
Apan/Roll-on Blumenau (Blumenau, SC)
Joinville Vôlei (Joinville, SC)
Saneago/Goiás Esporte Clube (Goiânia, GO)
Neurologia Ativa (Goiânia, GO)
A temporada tende a ser marcado pelo equilíbrio e disputas acirradas.
Mesmo assim, os paulistas Sesi Bauru e Vôlei Renata e os mineiros Sada Cruzeiro e Itambé Minas são os mais contados para o título.
SEM TELEVISÃO ABERTA
Nos dois naipes, a Superliga de Vôlei terá mais de 300 jogos.
Por enquanto, contudo, as transmissões serão restritas a canais pago (Sportv, televisão por assinatura; e Vôlei Brasil, streaming).
Só mesmo a decisão do título é que poderá ter transmissão de televisão aberta, pela Globo.
Em tempo: a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) informou em 10 de outubro que todas as partidas contarão com sistema de desafio, custeado pela entidade.
Até a temporada passada, só em sedes cujos clubes custeavam as despesas com o aparato tecnológico contavam com o recurso.
Mais informações em <https://cbv.com.br/superliga/>.
Imagem em destaque: time feminino do Minas campeão da Supercopa 2024, em Manaus, em 11 de outubro, depois da final, de novo mineira, com o Praia Clube. Foto: Fábio Tavares
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