África do Sul inicia mandato à frente do G-20

É a primeira vez que um país africano passa a liderar o grupo das 20 maiores economias do mundo; priorizar o sul global é a principal meta


Da Prensa Latina | De Pretória (África do Sul)

A África do Sul iniciou oficialmente no domingo, 1º de dezembro, seu mandato como presidente do G20, tornando-se assim o primeiro país africano a ocupar esse cargo à frente das 20 maiores economias do mundo.

O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa anunciou que apresentará o programa da presidência aos meios de comunicação nesta terça, dia 3.

Mas, já durante a recente Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro, no Brasil, o mandatário adiantou que aproveitará a oportunidade para incluir as prioridades de desenvolvimento da África e do sul global.

A gestão sul-africana se dará sob o lema “Solidariedade, igualdade e sustentabilidade”.

AS PRIORIDADES

De acordo com Ramaphosa, “a África do Sul busca fornecer uma direção estratégica para estabelecer uma ordem internacional mais equitativa, representativa e adequada ao propósito, de acordo com os principais processos multilaterais das Nações Unidas”.

Ele acrescentou que a presidência de seu país promoverá três prioridades: crescimento econômico inclusivo, industrialização, emprego e desigualdade; segurança alimentar; e inteligência artificial e inovação para o desenvolvimento sustentável.

“Como África do Sul, estamos comprometidos com o avanço do trabalho do G20 para alcançar maior crescimento econômico global e desenvolvimento sustentável. Trabalharemos para garantir que ninguém seja deixado para trás”, enfatizou o líder sul-africano na reunião no Brasil.

O mandatário fez alusão aos desafios e crises atuais, que são exacerbados pela frágil solidariedade global, pelo subdesenvolvimento incapacitante e pelo aprofundamento da desigualdade.

Ele acrescentou que, por meio de parcerias em toda a sociedade e do reavivamento da humanidade comum, “a África do Sul buscará aproveitar a energia global coletiva para enfrentar esses desafios”.

“Trabalharemos para enfrentar a desigualdade, que é uma grande ameaça ao crescimento econômico global e à estabilidade”, enfatizou, acrescentando que essas disparidades se manifestam na falta de financiamento previsível e sustentável e na capacitação para a ação climática, bem como na dívida incapacitante que sufoca muitos países.

“Haverá aproximadamente 130 reuniões do G20 em todo o nosso país, e tenho a honra de dar as boas-vindas a todos vocês na África do Sul no próximo ano”, disse Ramaphosa.


Imagem em destaque: o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa. Foto: Prensa Latina




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